Poezii |
Lucian Blaga
Paraíso desvanecido O porteiro alado ainda está a brandir um botão de espada desprovido de chamas. Não luta com ninguém, mas sente-se vencido. Por toda a parte, nos prados e no torrão, serafins de cabelos nevados estãão sedentos de verdade, mas as águas das fontes repelam os baldes deles. Lavando contra vontade com arados de madeira, os aranjos se queixam do peso das asas. Passa por entre sóis vizinhos a pomba do Espírito Santo e com o bico apaga as derradeiras luzes. De noite os anjos desnudos tiritando se deitam no feno: ai de mim, ai de ti, muitas aranhas encheram a água viva, uma vez apodrecerão até os anjos debaixo do torrão, a Terra secará os contos do corpo triste. (tradus de Micaela Ghitescu, editia "Mirabila samanta", ed. Minerva, Bucuresti, 1981) Para trás a Blaga |