Poezii |
Lucian Blaga
Nós e a Terra Tantas estrlas caem esta noite. O demónio da noite parece segurar entre suas mãos a Terra e soprar sobre ela chispas como se fosse isca, violentemente, para incendiá-la. Esta noite, quando tantas estrelas caem, teu jovem corpo de feiticeira arde entre os meus braços como entre chamas de fogueira. Louco, estendo meus braços como labaredas, para derreter a neve de teus ombros desnudados, e sover-te, consumir-te, faminto, a força, o sangue, o orgulho, a primavera, tudo. Na alvorada, quando o dia iluminar a noite, quando a cinza da noite perecer levanda pelo vento ao poente, na alvorada queria sermos nós também só cinzas, nós e - a Terra. (tradus de Micaela Ghitescu, editia "Mirabila samanta", ed. Minerva, Bucuresti, 1981) Para trás a Blaga |